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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz Natal

Uma Visão Verdadeira e Humana Vista Por Uma Criança a Um Pedido de Uma Caixinha de Natal


Ela tinha quatro anos. A inocência contida em seu olhar era imensa e refletia nas brincadeiras de criança junto a seus amiguinhos.

Mesmo com a dureza da vida, do trabalho de sua mãe que durante a semana se afastava de seu convívio para ajudar o marido nas despesas da casa, as duas sempre viviam unidas e como qualquer criança ela indagava o ‘Por Que’ de tudo - o normal da busca de uma criança ao conhecimento.

Às vezes ficava no portão de sua casa olhando entre as frestas pelo lado de dentro a rua onde morava e alí mesmo sem espaço interagia com seus amiguinhos enquanto via o movimento da rua, já que por muitas vezes não podia brincar no quintal com seus amiguinhos, somente quando sua mãe disponibilizava um tempo entre as tarefas do lar que fazia em seu dia de folga para ficar junto com a filha e seus amiguinhos.

Era final do ano, época natalina e naquele final de semana ela estava correndo no quintal quando ouviu um profissional gari gritar “Por favor, a caixinha de Natal Dona!” e sua respondeu “Hoje não tem, sinto muito senhor.”.

Ela com muita astúcia movida pelo sentimento de querer ajudar aquele senhor e sem compreender o motivo pelo qual sua mãe tinha negado a Caixinha de Natal, já que ele queria somente uma caixinha, correu para dentro de casa pensando no “Por que”. O pensamento vinha a todo instante em sua cabecinha, sua mãe não deu a caixinha de Natal pedida por aquele senhor que fazia a coleta das casas.

Então num gesto de inocência esvaziou uma caixinha de sapato onde ela guardava alguns brinquedos, correu para o portão e gritou “Senhor, senhor! Aqui a sua caixinha de natal!”.

O homem pegou a caixinha, abriu a tampa e com arrogância sem compreender a criança jogou a caixinha no chão. Naquela caixinha havia todo o respeito e consideração. O Natal era o sentimento dela que era de tentar simplesmente dar a felicidade pura de uma caixinha de Natal cheia de sentimentos bons, pois naquela caixinha eram guardadas coisas importantes para ela.  O gari não percebeu o sentido da caixinha de Natal dado a ele por aquela criança e talvez nem o sentido real de natal que não era só o valor monetário esperado por aquele senhor.

 Achei lindo este fato de sua infância e da visão que ela tinha do natal, sobre compartilhar e que por muitas vezes ainda vejo nela. Infelizmente, os seres humanos esqueceram isso e esta época o valor monetário é o que rege o Natal, é muito triste ver que muitos pais impõem aos seus filhos o próprio jeito monetário de ser, acabando com a infância antes do tempo...

Hoje peço a vcs que dentro de suas caixinhas coloquem mais que as lembrancinhas e presentes, coloquem também mais sentimentos. Quem sabe assim muitos voltaram a dar valor aos seres humanos.


Desejo a todos vocês que dentro de suas caixinhas, meinhas e debaixo de suas árvores de Natal que o bom papai Noel “Deus” deixe muita saúde, paz, amor, sorte e uma infinidade de sentimentos bons. Que a bondade continue sendo o segredo de suas caixinhas de presentes de Natal. 

Compartilhem amor! 

Feliz Natal!




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