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sábado, 20 de julho de 2013

Na Bahia As Portas No Mercado De Trabalho Estão Se Abrindo Para As Travestis e Transexuais.

Aula prática do curso de Auxiliar administrativo

Travestis e Transexuais que participaram de curso na SJCDH já estão inseridas no mercado de trabalho.


Vejam que bela iniciativa!
Desde o último dia 16, o grupo de travestis e transexuais que participou do curso de auxiliar administrativo promovido pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos – SJCDH, através do Centro de Educação em Direitos Humanos J.J. Calmon de Passos – CEDH, e em parceria com a Superintendência de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos – SUDH, foram integradas no ambiente de trabalho através das aulas práticas realizadas na sede da SJCDH, no CEDH e no Procon. Ao todo foram 29 pessoas, mas nessa primeira etapa prática, apenas 17 participaram.
Na tarde de hoje, o grupo lotado na SJCDH foi recebido pelo Secretário Almiro Sena, pelo Superintendente da SUDH, Ailton Ferreira e pelos coordenadores Soraia Melo, do CEDH, Liliana Aboud, da CAPI, Paulete Furacão, do LGBT, e Adriano Figueiredo da CGPDH.

Durante o encontro o secretário reafirmou o compromisso de continuar promovendo cidadania para a população LGBT através da formação profissional. A orientação de Sena é a de que seja preparado um cadastro com as informações das treinandas, que será enviado para todas as secretarias de Estado, solicitando o aproveitamento dessas profissionais,  desde que haja a possibilidade de contratação.

Contratações – Durante o encontro, também foi informado que algumas participantes do curso já estão atuando no mercado de trabalho, a exemplo de Mahylle Santana, contratada como menor aprendiz na Faculdade Unijorge, Marcela Cerqueira e Amanda Carvalho, recém-contratadas pela OI. “Participei da seleção na terça (16), e ontem (18), recebi a notícia da minha contratação” disse Amanda, que vai trabalhar como auxiliar administrativo, atendendo clientes da OI, através da empresa LCL. Segundo ela, esse não será seu primeiro contrato com carteira assinada, mas agora ela terá o direito de usar o nome social. “Eles foram muito respeitosos comigo e com todas as que participaram da seleção. Mas o fato de poder usar o nome que escolhi pra mim é o que mais me agradou”, afirmou.

Já Layla Brazil, formada em enfermagem pela Universidade Alvorada, de Brasília está muito contente em participar do curso. “Esse curso vai acrescentar um plus na minha formação”, disse a enfermeira, que, durante estágio no Hospital de Base de Brasília, também pôde usar o nome social durante sua formação.

Para o Superintendente Ailton Ferreira, essas contratações são a comprovação de que todos são capazes de ter acesso ao mercado de trabalho, desde que tenham oportunidades. “Ainda em janeiro, o Governo do Estado da Bahia foi criticado com insinuações de que estávamos incrementando o turismo sexual ao formar travestis e transexuais. Agora pode-se comprovar o alcance do projeto. Várias participantes já estão atuando no mercado e nos próximos dias a estudante de Direito do Centro Universitário Estácio da Bahia / FIB, Copélia Roussef, vai ser a mais nova estagiária contratada pela SJCDH”, afirmou Ferreira. Ele também informou que o curso de auxiliar administrativo promovido pelo CEDH terá uma nova turma, com conteúdo mais aperfeiçoado e que mais dois cursos estão na agenda: receptivo para a rede hoteleira e espanhol.

Que esta iniciativa saia da Bahia e se espalhe pelos outros estados, pois é preciso sair do papel e das salas de reuniões para que algo realmente seja realizado.


Fonte: Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos da Bahia

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