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sábado, 29 de junho de 2013

Governo Lança Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Sistema Nacional LGBT)

O governo lançou na ultima quinta-feira, dia 27 de junho,  o , com a assinatura de duas portarias - uma de criação do sistema e outra de um comitê gestor de enfrentamento da chamada LGBTfobia, o preconceito e a violência contra a diversidade de orientação sexual e de identidade de gênero.
No lançamento, também foi apresentado relatório com dados sobre violência homofóbica em 2012, que indicou 166% de aumento do número de denúncias feitas e 183% de aumento da quantidade de vítimas - o que, para a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, responsável pelo relatório, não indica necessariamente o crescimento de casos, que deve ultrapassar o triplo disso, mas a maior confiança da população no sistema em denunciar. Sexta-feira, dia 28, comemorou-se o Dia Mundial do Orgulho LGBT.
"Os dados do relatório indicam que há confiabilidade no sistema que estamos instituindo. Se denunciam mais, é porque as pessoas veem os resultados", disse a ministra da SDH, Maria do Rosário.
O Sistema Nacional LGBT funcionará de acordo com uma estrutura articulada e interfederativa de políticas e iniciativas para incentivar a criação de programas para a população. O sistema será formado basicamente por centros de promoção e defesa - com apoio psicológico, jurídico, entre outros tipos de suporte - e por comitês de enfrentamento à discriminação e de combate à violência, com participação de atores sociais.
No ano passado, segundo o relatório divulgado pela SDH, foram registradas 3.084 denúncias de violência contra homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais; e mais de 9,9 mil violações de direitos relacionados à população LGBT. A estatística envolve 4,8 mil vítimas e 4,7 mil acusados. Esses números indicam aumento de denúncias e de vítimas envolvidas. O estudo ainda mostrou que houve uma mudança de perfil dos denunciantes, que antes era a própria vítima. Em 2012, constatou-se que 47,3% das denúncias foram feitas por desconhecidos.
"Isso demonstra que a sociedade está absorvendo o sistema de denúncia, reconhece que esse tipo de discriminação é de direitos humanos e passa a denunciar", disse a vice-presidente do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos LGBT, Janaína Nogueira.
Dos casos de violência, 71,3% são contra pessoas do sexo biológico masculino e 20,1%, feminino; 60,4% são gays; 37,5%, lésbicas; 1,4%, travestis; e 0,49%, transexuais. Esses dados são baseados na sistematização de informações colhidas pelos serviços Disque 100, da SDH, e Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no atendimento médico às vítimas. O objetivo é começar uma série histórica desses números.
"Esse relatório permite o monitoramento dos avanços e dos retrocesso da violência. Iremos perceber como se comporta o perfil das vítimas, a violência, e, a partir daí, como podemos melhor enfrentá-la", informou o presidente do Conselho Nacional LGBT, Gustavo Bernardes.
No lançamento do sistema, também foi anunciado, pela assessora especial do Ministério da Saúde, Lena Peres, a ampliação da ficha de atendimento em postos do SUS, em que também constarão nos espaços para a definição dos casos, as violências homofóbicas. Na ficha, ainda haverá espaço para o nome social da pessoa no campo da identificação pessoal, para a identidade de gênero e para a orientação sexual.
De acordo com a assessora, o projeto-piloto dessa ficha será implantado em Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, a partir de agosto. A expectativa é a de que esses campos na ficha do SUS estejam disponíveis em todo o País a partir de janeiro do próximo ano. A ficha deverá ser um importante instrumento para a identificação desse tipo de violência, devido à capilaridade do sistema de saúde.
A representante da Saúde ainda informou que o novo diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do ministério será Fábio Mesquita, atualmente na Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo Lena Peres, Mesquita iniciará os trabalhos no departamento em julho. No início de junho, o ex-diretor do departamento, Dirceu Greco, foi exonerado devido a uma campanha publicitária para o Dia Internacional das Prostitutas.
Na divulgação, a tônica entre os presentes era o repúdio ao Projeto de Decreto Legislativo 234/11, conhecido como Projeto da "Cura Gay", que permite tratamento psicológico relacionado à orientação sexual, aprovado na última semana pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara. "Não tínhamos dúvida de que essa era a pauta da comissão, dominada por um projeto de poder que pressupõe o rompimento da laicização do Estado e a hierarquização dos seres humanos, entre quem pode e quem não pode amar", disse a representante da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos e LGBT da Câmara, deputada Erika Kokay (PT-DF).
A ministra Maria do Rosário disse ser inaceitável que a homossexualidade seja tratada como doença, ao citar as posições contrárias ao projeto divulgadas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidades. Ela pediu a aprovação do Projeto de Lei (PL) 122, em tramitação no Congresso, que criminaliza atos de violência contra homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais.
Vale lembrar que nem tudo são flores, pois infelizmente os LGBTs continuam sendo alvos de chacotas e hostilidades por parte de alguns funcionários das redes hospitalares, sendo elas públicas ou privadas.
Vamos ficar de olho!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Apoio de Paulo Vieira e Aryane Vitagliano (Surdos) para a Eleição Conselho Estadual dos Direitos LGBT de SP

 

Desenvolvo um trabalho de ajuda e orientação junto com a associação de deficientes auditivos, pois existem muitos lgbts com este tipo de deficiência que são esquecidos não só pela sociedade em geral como também desamparados pelo próprio meio, alguns deles portadores de HIV sem nenhum tipo de assistência e já com seqüelas da doença.
Hoje no meu aniversário e Dia do Orgulho LGBT, o Paulo Vieira, a Aryane Vitagliano e a Joelma Aureliano Bida (interprete) me presentearam com esse apoio. Estou sem palavras e independente do resultado desta eleição, continuarei sempre com o meu trabalho, na luta contra os preconceitos sofridos pelos lgbts e pelas minorias... E que venham as ameaças de muitos que tem o poder e não fazem nada pela população que realmente pecisa. 
Obrigada, gente! Quando vi o vídeo, minha amada esposa e eu até choramos de emoção.

Depoimento e Apoio da Joelma Aureliano Bida - Interprete

Olá pessoal, quero apresentar-lhes a Cecília Bezerra , uma pessoa maravilhosa que trabalha na área da saúde e luta constantemente em prol das pessoas , independente de sua opção sexual , com ou sem deficiência ! 
Estou esclarecendo isso , pois embora ela seja Lésbica, a sua luta é por todos e não somente pela classe LGBT .
Ela tem várias idéias e projetos inclusive para ajudar a comunidade surda , e isso é muito importante , porque embora tenhamos a Lei da Libras 10.436/02http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm e a Lei da Acessibilidade 10.098/00 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm, sabemos que geralmente ela não é cumprida, inclusive nem pela Presidente do Brasil Dilma Rousseff , quando em seus últimos pronunciamentos , ela desconsiderou 6 milhões de surdos e deficientes auditivos que precisavam de outros recursos para que pudessem compreender o que estava sendo dito, como a janela com o Intérprete de Libras ou a legenda
No próximo Sábado , dia 29/06/2013 acontecerá a Eleição do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT e a Cecilia Bezerra é candidata Lésbica ( Macrorregião Grande São Paulo ) e ela precisará do voto apenas das pessoas que se declaram Gay, Lébisca , Bissexual ou Transexual.

Surdos e ouvintes , vocês e seus amigos que são Gay, Lébisca , Bissexual ou Transexual de toda a cidade de São Paulo, podem votar .

Para votar , basta levar o RG , comprovante de residência no seu nome e confirmar no momento da votação que é Gay, Lébisca , Bissexual ou Transexual.
Endereço para votação em São Paulo : Secretaria da justiça e da defesa da cidadania , Pátio do Colégio , 184 – Térreo – Centro – São Paulo- SP
Horário : 09:00 ás 18:00 ( Basta ir no horário que quiser, é só votar e sair )

Endereços para votação no interior de São Paulo :http://ceciliapolitica.blogspot.com.br/2013/06/saiba-onde-votar-eleicao-do-conselho_14.html

Precisamos enxergar o que a pessoa é por dentro e não julgá-la pela sua opção sexual, pois essa não define o seu caráter !

Contamos com o apoio de todos que apóiam este tipo de iniciativa e se puderem pedimos que compartilhem ! — com Cecilia Bezerra



segunda-feira, 24 de junho de 2013

Entenda Melhor: Eleição do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT - SP

O que é?

No ano de 2010, o Governo do Estado de São Paulo instituiu o Conselho Estadual LGBT (Conselho Estadual dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) formado por 10 representantes da sociedade civil e 10 representantes do poder público. 

No próximo dia 29 de junho, acontece a eleição dos membros da sociedade civil que vão formar este conselho.

Vinculado à Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, o conselho tem atribuições como participar da elaboração de políticas públicas que assegurem a promoção dos direitos da população LGBT; elaborar, avaliar e apresentar sugestões em relação ao desenvolvimento de programas e ações do poder público neste sentido, denunciar, receber e encaminhar denúncias de episódios de discriminação, propor e incentivar a realização de campanhas em favor da promoção da diversidade sexual, entre outros. O trabalho do conselheiro é voluntário, portanto, não pode ser remunerado.

Outros dois papeis importantes deste conselho são:
  •  Fazer valer da experiência em suas áreas de atuação e obviamente suas experiências pessoais, prestar colaboração técnica, em cada área de atuação, aos órgãos e entidades públicas do Estado.
  • Promover canais de diálogo com a sociedade civil organizada, ou seja, facilitar para que as necessidades desta população cheguem aos ouvidos da Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo que, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, desenvolvam ações e políticas que permitam que sejamos respeitados enquanto cidadãos.
Quem pode ser eleitor?

Se você for lésbica, gay, bissexual, travesti o transexual e tem 16 anos ou mais, pode ser eleitora ou eleitor dessa importante eleição que visa promover sua cidadania, basta levar, no dia da votação, um documento oficial de identificação com foto e um comprovante de residência em seu nome

Você poderá votar em até quatro candidatos: uma lésbica, um gay, uma ou um bissexual, e uma travesti ou uma ou um transexual.

Por tudo isso, é importante que você, leitor deste blog, entenda a importância, conheça os candidatos e principalmente, faça valer a sua voz e seus direitos participando desta votação. 

Sou Cecilia Bezerra, candidata lésbica e conto com sua presença e voto!



Veja como votar:

Quando? 29/06/2013
Onde?
 Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania- Pátio do Colégio, 184, térreo, Centro - SP
Horário?
 Das 9h às 18h
Lembre-se: Leve um documento oficial com foto e comprovante de residência em seu nome.

Sou Prova Viva Que Cura Gay Não Existe

Cura gay não existe, sou a prova viva disso.

É por isso que durante toda minha vida segui ajudando sem patrocínio ou ajuda de ninguém vários homossexuais de todas as categorias lgbt.

Como já disse anteriormente em outro post, desde meus 13 anos vivi minha adolescência entre a casa dos meus pais, nas ruas, na antiga FEBEM (porque naquela época, quem estava nas ruas era recolhido pelo juizado de menor ou pela polícia militar e encaminhado para a FEBEM), casas de amigos e uma clínica psiquiátrica, pois segundo meus pais este foi o ultimo recurso que eles encontraram para que eu me “curasse” da minha homossexualidade nos anos 70.

Sofri muito nas ruas, dormia muitas vezes nas calçadas das ruas da Praça da Sé e em outros lugares, revirei muito lixo para encontrar alimento... Tudo isso graças ao preconceito.

Bem, muita gente poderá dizer “Isto não é motivo para dizer que você desenvolve um trabalho social para a população lgbt!”, mas esses são apenas os fatos que até hoje me impulsionam e me incentivam a cada dia para ajudar a população lgbt.

Sei que hoje tem muitos heteros afirmando que são bissexuais ou mesmo gays, para tirar proveito político ou partidário, mas acho que a nossa população lgbt precisa pesquisar sobre as pessoas que brotam do chão dizem ajudar e apoiar os lgbts. Mais que levantar a bandeira é preciso ter foco, consciência da importância e trabalhar por isso.

Para quem não conhece meu trabalho seguem abaixo alguns exemplos:

  • ·         Ministro palestra sobre homossexualidade e sobre o consumo de drogas que não raras às vezes são utilizadas como meio de fuga das crises familiares causadas pela rejeição da família, assim como pelos conflitos que os adolescentes passam ao descobrir sua sexualidade.
  • ·      Desenvolvo um trabalho de ajuda e orientação junto com a associação de deficientes auditivos, pois existem muitos lgbts com este tipo de deficiência que são esquecidos não só pela sociedade em geral como também desamparados pelo próprio meio, alguns deles portadores de HIV sem nenhum tipo de assistência e já com seqüelas da doença.
  • ·        Aos deficientes físicos que necessitam de prótese e cadeiras de rodas, desenvolvo um trabalho pedindo ajuda em órgãos de doações.
  • ·         Casos de homofobia, conto com ajuda de alguns amigos advogados que defendem nossa população lgbt.
  • ·         Luto contra a discriminação no atendimento médico.


Um dos casos que me emociona citar é o caso da minha amiga Jandira, que foi usuária de maconha e cocaína e que há 20 anos atrás pediu minha ajuda para largar as drogas. Sua mãe já havia falecido após um câncer e na época Jandira só tinha 18 anos e a única familiar que consegui apoio para ajudá-la foi uma tia, a qual procurei e fui conversar com ela para que ela aceitasse a homossexualidade da sobrinha e não a deixasse na rua a mercê de tantos desatinos. Depois de longas conversas, ela entendeu a situação e passou a ajudar e apoiar a sobrinha.

Jandira passava parte do dia comigo me acompanhando nos trabalhos que eu fazia na época e outra parte passava na companhia da tia. Foi uma luta árdua contra as drogas, contra um possível ingresso na vida da marginalidade, mas graças a Deus com muito empenho vencemos.A tia de Jandira e eu nos tornamos amigas.
Atualmente, livre das drogas Jandira tem sua própria casa, esposa e empresa. Tenho muito orgulho dela!

Posso também citar a Carla, uma trans, que se encontrava internada em um hospital público de São Paulo sem conseguir o tratamento cirúrgico de que necessitava, pois por várias vezes ficava em jejum por 12/16 horas aguardando uma sala cirúrgica e cada vez que entrava na sala o médico suspendia a cirurgia alegando que a cirurgia dela seria realizada outro dia. O odor do quarto que ela se encontrava era fétido e a infecção que ela havia desenvolvido em seu membro inferior avançava.
Amigos em desespero me procuraram. Entrei em contato com a direção do hospital para saber motivo pelo qual a trans era enviada várias vezes ao centro cirúrgico e retornava sem o tratamento.
Após 3 dias de discussão, obtivemos vitória e Carla foi operada.

Existem muitos outros casos e fatos, com vitórias e outros, é claro com derrota, mas a descrição de todos tornaria a leitura cansativa, mas posso com orgulho provar todos os fatos.

Hoje sou Candidata Lésbica ao Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT de São Paulo.

Entenda Melhor o Que é o Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT de SP
Minha luta é essa. Sozinha, sem patrocínio e muitas vezes com muitas ameaças.
Essa sou eu e se precisarem de ajuda sabem como me encontrar.

Cecilia Bezerra

Cecilia Bezerra no Facebook

 Foram utilizados nomes fictícios para preservar a identidade das pessoas envolvidas.        

terça-feira, 18 de junho de 2013

Carta de Manifesto a V. Ex.ª Presidenta Dilma Rousseff



Carta de Manifesto a V. Ex.ª Presidenta Dilma Rousseff

Presidenta, é deprimente a atual situação do país, uma democracia presa  entre correntes da ignorância, dos interesses partidários, interesses que só levam ao fim a democracia.
Vi a senhora falar de sua história de luta, das façanhas para continuar a lutar pela tão sonhada democracia.
Vi lágrimas em seus olhos quando foi vaiada por aqueles que a colocaram lá.
Nos anos 70 eu também chorei presidenta, mas não me armei com armas, a ignorância de meus pais me jogaram nas ruas aos 13 anos de idade pelo repudio de ter um filha homossexual. Eu chorava pelos cantos como um bicho. E entre idas e vindas, num ato insano de vergonha minha família me internou em um sanatório com psicólogos, psiquiatras e toda parafernália, pois eu tinha que ser curada. Sim, a tal “cura gay” existia naquela época.
Tomei choque na cabeça, alguns psiquiátras queriam que eu fosse o que eles chamavam de “normal”, me dopando com drogas e me amarrando como se eu fosse um animal prestes a ser sacrificado, apanhei dos que realmente tinham problemas mentais, fiquei neste inferno um pedaço da minha adolescência.
É por este e por outros motivos que tenho seqüelas até hoje em minha saúde e lembranças aterrorizantes deste tempo. Décadas se passaram e ainda hoje existem noites que acordo pensando que estou ouvindo gritos daquele labirinto de horror.
Embora talvez de forma pouco diferente da sua, nos anos 80 eu também estava lá, lutando pelo meu país, pela democracia, pelas Diretas Já. Foi com orgulho presidenta, que sendo brasileira, adolescente e homossexual lutei pelo meu país, peguei na mão do Ulisses Guimarães, do Fernando Henrique cardoso, do Mario Covas, do Lula entre vários outros que na época também lutavam pela democracia e ninguém perguntou sobre a minha sexualidade, eu estava lá e todos lutavam pela mesma causa. O tempo passou e com orgulho vi a primeira “PARADA GAY”.
Em minha mente os homossexuais estavam livres das torturas impostas pelo preconceito, pela ignorância, os jovens não precisariam se drogar ou se prostituir porque seus pais os colocaram para fora de casa, era o início de nossa luta pelo direito igualitário, pelo respeito gay.
A população LGBT sempre apoiou diversos partidos, especialmente o PT  graças a Marta Suplicy assim como outros tantos que são a prova viva de que esta mesma população confiou seu voto a estes políticos, que com seu voto “colorido” elegeu muitos deles que também tem suas campanhas bancadas por muitas igrejas que movimentam bilhões em nosso país.
É com tristeza que vejo esses partidos repudiando a própria luta, os próprios ideais e a própria história. A maioria trocando tudo isso por interesses partidários pessoais. Agora vejo um Brasil revoltado com tamanha injustiça social, um povo amargurado com a violência, com a fome, com a seca, com a falta de hospitais, de educação, falta de tudo...
Essas manifestações não são apenas por 0,20 centavos é pelo descaso que não tem preço.
Assistimos a população LGBT e muitos outros pedindo que retirassem aquele lunático da CDH da Câmara dos Deputados, mas a senhora se calou e permitiu que um desumano presidisse tal comissão, quando até mesmo o Ministro do Supremo deu sua opinião sobre o assunto.
E mais uma vez os políticos foram a Parada Gay e desfilaram nos carros, venderam a imagem de bons samaritanos, enquanto na obscuridade agiram como ratos elegendo um fanático, um louco para defender OS DIREITOS HUMANOS DE QUEM? Das igrejas?
Afinal, vivemos em um estado laico ou não? Parece que isso mudou de uma hora para outra e não avisaram o povo. Voltamos ao tempo da Caça às Bruxas?  Os gays são as novas bruxas? E depois de nós quem serão as vítimas? Os espíritas, os negros, os deficientes, os nordestinos, os católicos? A Senhora virou as costas para o povo?  E as ideologias políticas? Onde está a Presidenta da comissão da verdade, que foi torturada na ditadura e que tanto lutou para que esse tempo acabasse e não voltasse mais? Vejo ele acenando. Se esse projeto for aprovado haverá graves conseqüências, entre elas pais internando seus filhos não porque eles necessitem de ajuda médica e sejam doentes mentais, mas por preconceito. Se a idéia é curar algo ou alguém, vamos curar o sistema de saúde brasileiro que está um caos, para poder curar quem realmente está doente nas filas dos hospitais. E investir mais na educação, pois quem sabe educando melhor aprenderemos a conviver com as diferenças e derrubar diversos preconceitos, inclusive este.
 Nossos jovens já saíram do Facebook e foram para as ruas, assim como nós também já fomos, com as mesmas esperanças de um país melhor e mais justo.
Nós só queremos o DIREITO DE SER FELIZES E LIVRES! A SENHORA LEMBRA DE COMO É LUTAR POR ISSO?
Não queremos privilégios, queremos ser respeitados como cidadãos dignos que somos. Também pagamos impostos!
Este é o meu apelo para V. Ex.ªPresidenta Dilma Rousseff, não permita que a situação fique insuportável e que o olocausto chegue até a nossa população LGBT, pois Adolf Hitler e seus seguidores estão na CDH da Câmara dos Deputados.

Cecilia Bezerra                     #RESPEITOGAY

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Saiba Onde Votar - Eleição do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT - SP

Cecilia Bezerra

Conforme mencionado anteriormente, hoje foram divulgados os locais de votação, conforme macrorregião.

Dia: 29/06/2013 
Horário:
 9:00hs às 18hs
Local:
 Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania- Pátio do Colégio, 184, térreo, Centro. 
Atenção!
Para votar os eleitores deverão apresentar documento de identificação com foto e um comprovante de endereço em seu nome, comprovando que o eleitor reside naquela macrorregião onde está votando.
Caso não possua nenhum comprovante em seu nome, o eleitor deverá apresentar uma declaração do dono do imóvel onde residee o respectivo comprovante de residência dessa pessoa.

PODERÃO VOTAR EM MIM os eleitores que residem nos municípios listados abaixo por ordem alfabética:

·                     Arujá,
·                     Barueri, 
·                     Biritiba Mirim,
·                     Caieiras,
·                     Cajamar,
·                     Carapicuíba,
·                     Cotia,
·                     Diadema,
·                     Embu das Artes
·                     Embu-Guaçu,
·                     Ferraz de Vasconcelos,
·                     Francisco Morato,
·                     Franco da Rocha,
·                     Guararema,
·                     Guarulhos,
·                     Itapecerica da Serra,
·                     Itapevi,
·                     Itaquaquecetuba,
·                     Jandira,
·                     Juquitiba,
·                     Mairiporã,
·                     Mauá,
·                     Mogi das Cruzes,
·                     Osasco,
·                     Pirapora do Bom Jesus,
·                     Poá,
·                     Ribeirão Pires,
·                     Rio Grande da Serra,
·                     Salesópolis,
·                     Santa Isabel,
·                     Santana de Parnaíba,
·                     Santo André,
·                     São Bernardo do Campo,
·                     São Caetano do Sul,
·                     São Lourenço da Serra,
·                     São Paulo,
·                     Suzano,
·                     Taboão da Serra,
·                     Vargem Grande Paulista.

Os eleitores das demais macrorregiões poderão votar nos seguintes locais:


MACRORREGIÃO OESTE – Muncípio de votação: S.José do Rio Preto - Câmara Municipal de São
José do Rio Preto- Rua Silva Jardim, 3357, Centro.


MACRORREGIÃO NORTE - Muncípio de votação: Araraquara - Secretaria da Articulação
Institucional e da Participação PopularEndereço: Avenida Espanha, 551, Centro.


MACRORREGIÃO LESTE – 1) Muncípio de votação: Taubaté - Avenida Professor Walter
Thaumaturgo, 208 - Jardim das Nações.
2) Muncípio de votação: Santos - C.A.I.S. - Avenida Rangel Pestana, 116, Vila Mathias


MACRORREGIÃO CAMPINAS-SOROCABA - Muncípio de votação: Campinas - Centro de Referência LGBT de Campinas Rua Talvino Egídeo de Souza Aranha, 47, Botafogo.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Eleição do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT - São Paulo

Dia 29/06/2013 acontecerá a Eleição do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT.

Sou lésbica desde que me entendo por gente e minha luta contra a homofobia e todos os transtornos gerados por ela começou como a de muitas pessoas que estão lendo isso agora: dentro da própria casa.

Sim, sou candidata a este conselho.

Na vida cotidiana, vejo um grande movimento LGBT na internet, em grupos sociais, reuniões e palestras de pessoas lutando contra a homofobia, a transfobia e todas as fobias possíveis relacionadas ao gênero e a sexualidade, mas não pude deixar de notar que muitas pessoas ainda não sabem que a eleição deste conselho existe e para que ele serve. Sim, pois votar apenas não basta, é preciso compreender o voto.


O que quero pedir aqui não é apenas o voto das lésbicas da Grande São Paulo, pois a eleição vai acabar. Meu pedido vai muito mais além...

Passaram-se longos anos para chegarmos até aqui, termos umas poucas migalhas de direitos e a luta nem começou . Precisamos fazer com que estes direitos não fiquem somente nos papeis, precisamos que esses direitos saiam da gaveta, pois foram longos anos de batalhas para consegui-los.

Conquistamos muito pouco, é verdade, mas conquistamos. E é preciso valorizar, não permitir que ninguém nos tire isso! Não importa de onde venha o preconceito, se é de algumas  igrejas, do parlamento, do vizinho... São os nossos direitos!

Muitos morreram e ainda morrem decorrente de um preconceito hipócrita, sem contar as humilhações diárias sofridas por muitos.

Que lugar é esse que temos que pedir permissão para ser? Ser é algo inerente ao SER humano!

Lutar contra a homofobia vai além das redes sociais, da conversa com os amigos e protestos – e longe de mim desvalorizar o protesto, pois muitos dos avanços só foram possíveis graças aos protestos realizados, mas devemos fazer nossa parte, dar continuidade, pois a luta não acaba junto com o protesto – lutar contra a homofobia é acreditar e batalhar diariamente na esperança de que um dia ela deixe de existir. Não estamos tratando aqui de uma causa, mas de vidas!

Vidas que mesmo sofrendo preconceitos e ataques de todos os lados, não raras às vezes também sofrem com o descaso e preconceito que ocorrem até mesmo dentro dos hospitais e consultórios quando necessitam de cuidados, ainda que rotineiros.

A eleição do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT não é uma eleição obrigatória, por isso não se acomode! Especialmente você que a cada 2 anos não perde a oportunidade de lembrar que a eleição em alguns países não é obrigatória e blá blá blá. Faça sua parte independente de obrigatoriedade, lute por você também.

Espero de coração que as pessoas que leram isto tenham percebido o quão valiosas são nesta luta.

Aos que realmente se importam e que dia 29/06 farão questão de votar e fazer a diferença:

Indiferentemente a quem se destinará o seu voto, assim como em qualquer eleição não desperdice, vote em quem você acredita ser íntegro em quem você sabe que outros além de você poderão contar não somente na eleição e que mantenha o interesse por nossas lutas sempre crescente, pois após a eleição não deixaremos de SER e tão pouco deixaremos de AMAR.



Meu nome é Cecilia Bezerra e sou Candidata Lésbica ao Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT - Macrorregião Grande São Paulo

“Podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.”