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sábado, 30 de novembro de 2013

Audiência Pública Sobre Acessibilidade para Surdos na Câmara Municipal de São Paulo

Ontem estive na Audiência Pública Sobre Acessibilidade para Surdos na Câmara Municipal de São Paulo, evento elaborado pelo Paullo Vieira, onde tive o prazer de participar dos debates.

Abordei novamente o assunto sobre o INSS, onde alguns familiares dos próprios surdos recebem dinheiro no lugar deles e o surdo sem saber de nada encontra um emprego, começa a trabalhar e passado algum tempo o INSS cobra do surdo o dinheiro que ele não recebeu e muitas vezes nem sabia que existia - já tenho três casos assim.

Falei das dificuldades que os surdos encontram para adquirir a carteira de motorista, com preços absurdamente altos e interpretes não qualificados e infelizmente só denunciar ao Ministério Público não adianta é preciso entrar com uma liminar conjunta na justiça - ao qual já está sendo tomada as providências - também citei a necessidade de termos interpretes em órgãos públicos como hospitais, delegacias, foruns etc...

Também agradeci aos surdos LGBTT por comparecerem na 'Parada da Diversidade de Carapicuíba', pois o maior número de participantes apesar de muita chuva no dia foram eles.

Foi um grande prazer rever minhas amigas Sabine Schaade, Juliana Ricchetti, Sonia Regina Oliveira, Andréa Venancino entre outros... Sentimos a falta da Joelma Aureliano Bida, da Clélia Gomes e da Denise Rosa!

É como vivo dizendo a todas as Comunidades: O segredo do êxito de todos é a UNIÃO.

Hoje ao escrever no meu blog , tenho certeza de que se a lei 10.436 que regulariza Libras como a segunda lingua brasileira de sinais para surdos fosse reformulada e como decreto fosse reconhecida como segunda lingua brasileira, nossas crianças aprenderiam libras junto com a língua portuguesa venceriamos várias barreiras e preconceitos. Desta forma todos os órgãos públicos teriam interpretes.

Quero afirmar aqui que não tenho nada contra as empresas que vendem aparelhos modernos para que os surdos possam se comunicar, mas não posso deixar de pensar naqueles surdos que não possuem dinheiro para comprar o aparelho e pagar a taxa de manutenção.

Esperar que o governo compre e forneça um aparelho desses para cada surdo está muito longe da realidade do nosso país. Bem, irei resumir assim: o governo não tem nem a saúde pública funcionando direito para todos os brasileiros e mesmo os hospitais de grande porte sofrem com a falta de aparelhos importantíssimos e muitos deles são até básicos para o tratamento da saúde... quem dirá fechar contratos com estes tipos de empresas.

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